O caso envolvendo Juliana Oliveira, ex-assistente de palco do programa The Noite com Danilo Gentili, e a acusação de estupro contra o apresentador Otávio Mesquita ganhou grande repercussão em 2025. A denúncia, formalizada quase nove anos após o suposto incidente ocorrido em 2016, trouxe à tona debates sobre assédio, omissão corporativa e a credibilidade de denúncias tardias. Áudios divulgados por Danilo Gentili, nos quais Juliana relata o ocorrido, intensificaram a discussão, levantando questões sobre a veracidade das declarações e o apoio oferecido à vítima. Este artigo detalha o caso de Juliana Oliveira, os desdobramentos judiciais, a reação do SBT e a repercussão pública.
O Contexto do Caso Juliana Oliveira
Juliana Oliveira, que trabalhou como assistente de palco no The Noite até 2024, acusou Otávio Mesquita de estupro durante uma gravação do programa em 25 de abril de 2016. Segundo a denúncia, apresentada ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP) em março de 2025, Mesquita, fantasiado de Batman e pendurado de ponta-cabeça no palco, tocou seus seios e genitália sem consentimento, imobilizou-a com as pernas e simulou atos sexuais. Juliana relatou ter tentado se desvencilhar com tapas e chutes, mas o apresentador continuou a abordagem, diante de uma plateia que ria, interpretando a cena como parte do humor do programa.
A Denúncia e o Inquérito
- Formalização: A denúncia foi registrada no MP-SP em março de 2025, quase nove anos após o incidente. Em 2 de abril de 2025, um inquérito policial foi aberto para investigar a acusação de estupro (crime previsto no artigo 213 do Código Penal Brasileiro). Desde então o caso Juliana Oliveira tem circulado veemente nas redes sociais.
- Motivação da Demora: Juliana explicou que o trauma e o medo de represálias, incluindo a perda do emprego, a impediram de denunciar na época. Ela afirmou que só percebeu a gravidade do ocorrido anos depois, especialmente após a denúncia de Dani Calabresa contra Marcius Melhem por assédio em 2020, que a inspirou a relatar o caso a Danilo Gentili.
A Defesa de Otávio Mesquita
Otávio Mesquita negou veementemente a acusação, classificando-a como “absurda” e “infundada”. Em entrevistas e comunicados, ele argumentou que a interação com Juliana foi uma “brincadeira combinada informalmente” no contexto humorístico do programa. Mesquita destacou que:
- A denúncia foi feita após a demissão de Juliana do SBT em fevereiro de 2025, sugerindo que poderia ser uma retaliação.
- Não havia registros de reclamações formais de Juliana na época do incidente.
- Ele está processando Juliana por difamação e danos morais, alegando que a acusação prejudicou sua reputação.
Mesquita também questionou a ausência de testemunhas no caso Juliana Oliveira que corroborassem a versão de Juliana, já que a gravação ocorreu em um estúdio com plateia e equipe técnica.
Os Áudios Divulgados por Danilo Gentili
Em 16 de abril de 2025, Danilo Gentili publicou um vídeo de 46 minutos em suas redes sociais, respondendo às alegações de Juliana de que ele e a equipe do The Noite foram omissos. No vídeo, ele apresentou áudios de conversas gravadas em 2020, nas quais Juliana, chorando, relata o incidente com Mesquita. Esses áudios são centrais para entender as contradições apontadas no caso Juliana Oliveira.
Conteúdo dos Áudios
- Relato de Juliana: Nos áudios, Juliana descreve o ocorrido de 2016, afirmando que Mesquita a tocou de forma inadequada e que ela se sentiu humilhada. Ela menciona que o caso de Dani Calabresa a fez perceber a gravidade do episódio.
- Apoio de Gentili: Gentili oferece ajuda para denunciar Mesquita à polícia, ao compliance do SBT, e disponibiliza seu advogado, além de suporte financeiro. Juliana, porém, recusa ações formais, pedindo apenas que Mesquita não fosse mais convidado ao The Noite.
- Ações de Gentili: Segundo ele, Mesquita foi proibido de participar do programa após o relato, e a equipe “blindou” Juliana, evitando contato com o apresentador.
Alegação de Contradição
Gentili usou os áudios para argumentar que Juliana foi injusta ao dizer que não recebeu apoio. Ele afirmou que:
- Em 2016, ele e a equipe interpretaram a interação como uma “brincadeira inconveniente” de Mesquita, sem perceber que era um crime sexual.
- Só em 2020 Juliana relatou a gravidade, e ele agiu imediatamente, respeitando a decisão dela de não denunciar.
- Ele próprio foi “bolinado” por Mesquita no mesmo dia, mas não considerou o ato como estupro, o que reforça sua percepção inicial de que era uma “brincadeira”.
Resposta de Juliana aos Áudios
Em 17 de abril de 2025, Juliana publicou um vídeo em resposta, negando ser “ingrata” ou “mentirosa”. Ela reconheceu o apoio de Gentili e do diretor do The Noite em 2020, mas destacou que:
- Entre 2016 e 2020, ela expressou incômodo com Mesquita várias vezes, e a equipe apenas a “escondia” em banheiros quando ele aparecia no estúdio, sem tomar medidas formais.
- O SBT ignorou suas denúncias internas feitas em 2024, antes de sua demissão em fevereiro de 2025.
- O medo de perder o emprego e a influência de Mesquita no SBT a impediram de agir antes.
A Posição do SBT
O SBT também está no centro da controvérsia, acusado por Juliana de negligência. Segundo ela:
- Após relatar o incidente internamente em 2024, a emissora não tomou providências, como acionar o compliance ou afastar Mesquita de programas.
- Ela foi demitida em fevereiro de 2025, após deixar o The Noite e passar pelo programa Chega Mais. Juliana acredita que a demissão foi uma retaliação por suas denúncias.
Em nota oficial de 17 de abril de 2025, o SBT afirmou que:
- Seu Departamento de Governança Corporativa tomou “todas as providências cabíveis” ao receber as denúncias.
- A demissão de Juliana foi parte de cortes financeiros, não uma retaliação.
Juliana planeja processar o SBT por danos materiais e morais, alegando que a emissora falhou em protegê-la e a puniu por buscar justiça.
Caso Juliana Oliveira Desfechos Judiciais e Administrativos Até Abril de 2025
- Investigação Policial: O inquérito contra Otávio Mesquita por estupro segue em andamento, sem informações sobre indiciamento ou arquivamento até 24 de abril de 2025.
- Processos de Juliana: Além da denúncia contra Mesquita, Juliana anunciou ações contra o SBT, mas não há detalhes sobre o andamento.
- Ação de Mesquita: Mesquita move um processo por difamação contra Juliana, também sem atualizações públicas.
- SBT: A emissora não divulgou medidas específicas tomadas após as denúncias de 2024, e o caso pode impactar sua reputação em questões de governança corporativa.
Repercussão Pública e nas Redes Sociais
O caso gerou polarização nas redes sociais, com hashtags como #JustiçaParaJuliana e #VergonhaSBT trending no X em abril de 2025. A análise de posts no X revela:
- Apoio a Juliana: Muitos usuários, especialmente mulheres, elogiaram sua coragem em denunciar, destacando que a demora é comum em casos de violência sexual devido a traumas e medo de represálias.
- Críticas a Juliana: Alguns questionaram a credibilidade da denúncia, citando a demora de nove anos e vídeos de interações descontraídas entre Juliana, Gentili e Mesquita em outros momentos. Um vídeo de Juliana beliscando Gentili nos bastidores foi usado para sugerir contradição, embora não refute a acusação de estupro.
- Debate sobre o SBT: A emissora enfrentou críticas por suposta omissão, com comparações ao caso de Dani Calabresa na Globo, reforçando discussões sobre a responsabilidade de empresas de mídia em casos de assédio.
Análise: Verdade e Contradições
Os áudios de Danilo Gentili corroboram que ele ofereceu apoio em 2020, mas não negam a alegação de Juliana de que, entre 2016 e 2020, seu incômodo foi tratado de forma superficial (como escondê-la em banheiros). A recusa de Juliana em denunciar formalmente em 2020, revelada nos áudios, pode ser interpretada como uma contradição à sua narrativa de falta de apoio, mas ela justifica que o medo e a insegurança a impediram de agir.
Fatores a Considerar
- Contexto de 2016: Programas de humor da época frequentemente incluíam “brincadeiras” físicas que hoje seriam consideradas assédio, o que pode explicar a percepção inicial de Gentili e da equipe.
- Evolução Cultural: O movimento #MeToo e casos como o de Dani Calabresa mudaram a compreensão pública sobre consentimento, possivelmente influenciando Juliana a reinterpretar o ocorrido.
- Demora na Denúncia: A Justiça brasileira reconhece que vítimas de violência sexual podem levar anos para denunciar devido a traumas, o que dá respaldo legal à ação de Juliana.
Não há evidências conclusivas de que Juliana “não falou toda a verdade”, mas os áudios mostram que ela optou por não agir em 2020, o que Gentili usa para se defender. A investigação policial será crucial para determinar a veracidade da acusação contra Mesquita.
Conclusão
O caso Juliana Oliveira x Otávio Mesquita expõe questões profundas sobre violência sexual, responsabilidade corporativa e a dificuldade de denunciar em ambientes de trabalho. Até 24 de abril de 2025, o inquérito contra Mesquita segue em aberto, assim como os processos anunciados por Juliana contra o SBT e por Mesquita contra ela. Os áudios de Danilo Gentili esclarecem parte da narrativa, mas não resolvem as alegações de omissão entre 2016 e 2020 ou a inação do SBT em 2024. A polarização nas redes sociais reflete o desafio de julgar casos complexos sem todas as evidências.
Perguntas Frequentes (FAQ)
1. O que aconteceu no caso Juliana Oliveira?
O caso Juliana Oliveira, ex-assistente do The Noite, acusou Otávio Mesquita de estupro em uma gravação de 2016. A denúncia foi formalizada em 2025, e um inquérito está em andamento.
2. O que dizem os áudios de Danilo Gentili?
Os áudios de 2020 mostram Juliana relatando o ocorrido e Gentili oferecendo apoio para denunciar, mas ela recusou ações formais na época.
3. O SBT tomou alguma providência sobre o caso Juliana Oliveira?
O SBT afirma que seu compliance agiu, mas Juliana alega negligência e planeja processar a emissora.
4. Qual é o status do caso em abril de 2025?
O inquérito contra Mesquita está em andamento, e processos por difamação e danos morais foram anunciados, mas não há desfechos. Acompanhe aqui no portal O Araguainense também casos dos famosos como: tudo sobre a intimidade de Carolina de diekmann
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