Bolsonaro intimado na UTI em 23/04/2025 por ordem de Alexandre de Moraes. Entenda o caso, as acusações de autoritarismo e as visões nacionais e internacionais. Confira!
Introdução: Bolsonaro Intimado na UTI em Meio a Polêmicas
Em 23 de abril de 2025, o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) foi intimado por oficiais de justiça enquanto estava internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Brasília, após uma cirurgia de desobstrução intestinal. A intimação, ordenada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, está relacionada à ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O caso gerou forte repercussão, com críticas de apoiadores de Bolsonaro, que acusam Moraes de autoritarismo, e defesas de juristas, no caso de Bolsonaro intimado que veem a medida como parte do processo legal.
O episódio ocorre em um contexto de tensões políticas no Brasil, marcado pelo rombo de R$ 6,3 bilhões no INSS (Operação Sem Desconto) e pela crescente polarização. Nacionalmente, a intimação na UTI foi vista como um símbolo de perseguição por bolsonaristas, enquanto internacionalmente, publicações como The Economist e The New Yorker questionam o poder concentrado de Moraes. Este artigo analisa o caso, pondera as acusações de autoritarismo, explora reações no Brasil e no exterior, e oferece um guia para entender o que está em jogo.
O Contexto de Bolsonaro intimado
Bolsonaro na UTI: O Quadro de Saúde
Bolsonaro foi internado em Brasília no início de abril de 2025 devido a complicações intestinais, uma condição recorrente desde o atentado que sofreu em 2018. Segundo redes sociais, ele passou por uma cirurgia de desobstrução intestinal e permanecia na UTI sem previsão de alta até 23 de abril. Durante a internação, o ex-presidente realizou uma live, o que motivou a decisão do STF de enviar oficiais de justiça ao hospital.
A Intimação Judicial
A intimação de Bolsonaro, ordenada por Alexandre de Moraes, refere-se à ação penal aberta pelo STF contra Bolsonaro e sete aliados, acusados de planejar um golpe de Estado em 2022. Em 26 de março, a Primeira Turma do STF aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), tornando Bolsonaro réu por cinco crimes, incluindo tentativa de golpe e incitação ao crime. Moraes, relator do caso, concedeu cinco dias para a defesa prévia, e a intimação na UTI visava notificar oficialmente o ex-presidente.
O STF justificou a medida alegando que a live de Bolsonaro indicava sua capacidade de ser notificado, e a Corte aguardava uma “data adequada” para o procedimento. No entanto, a decisão de enviar oficiais à UTI gerou controvérsia, com posts no X, como o de @RosaneBonoro, chamando a ação de “inaceitável” e acusando Moraes de “derreter a credibilidade do STF”.
Acusações de Autoritarismo Contra Alexandre de Moraes aumenta após intimar Bolsonaro na UTI
Alexandre de Moraes, descrito pela The New Yorker como “o segundo homem mais poderoso do Brasil”, é uma figura central no STF, liderando inquéritos contra desinformação, milícias digitais e a suposta trama golpista. Suas decisões, incluindo a intimação de Bolsonaro na UTI, alimentaram acusações de autoritarismo. Abaixo, ponderamos os argumentos.
Argumentos a Favor das Acusações de Autoritarismo
- Concentração de Poder: Moraes lidera múltiplos inquéritos no STF, muitos sob sigilo, o que críticos, como a The Economist, consideram uma concentração excessiva de poder. A revista destacou que ele ordenou ações contra bolsonaristas com base em mensagens privadas, levantando questões sobre privacidade.
- Medidas Extremas: A intimação na UTI é vista como um exemplo de rigor desproporcional. Posts no X, como o de @pesquisas_elige, chamaram a ação de “invasão” do hospital, sugerindo que Moraes prioriza pressão política sobre o devido processo.
- Censura e Liberdade de Expressão: Moraes bloqueou mais de 100 contas de redes sociais sem explicações detalhadas e impôs multas por uso de VPN para acessar o X após seu banimento temporário no Brasil. A The New Yorker criticou essas medidas como excessivas, e figuras como Elon Musk acusaram Moraes de violar a liberdade de expressão.
- Conflito de Interesses: No caso de Bolsonaro, Moraes é relator e, ao mesmo tempo, um dos alvos do suposto plano de assassinato revelado na investigação, o que o The New York Times apontou como potencial conflito.
Argumentos Contra as Acusações de Autoritarismo
- Legalidade da Intimação: Juristas defendem que a intimação na UTI seguiu o procedimento legal. O STF argumentou que a live de Bolsonaro demonstrava sua capacidade de ser notificado, e a ação foi autorizada após a publicação do acórdão em 11 de abril.
- Combate à Desinformação: Moraes justifica suas ações como necessárias para proteger a democracia contra “milícias digitais” bolsonaristas, que espalharam desinformação e incitaram os atos de 8 de janeiro de 2023. Ele disse à The New Yorker: “Se Goebbels tivesse acesso ao X, estaríamos condenados.”
- Decisões Colegiadas: Embora Moraes lidere inquéritos, decisões como a abertura da ação penal contra Bolsonaro foram unânimes na Primeira Turma do STF, com votos de ministros como Flávio Dino e Cármen Lúcia, sugerindo apoio institucional.
- Resposta a Ameaças: A The Economist nota que Moraes recebe constantes ameaças de morte, o que pode explicar o tom “absolutista” de suas decisões, vistas como uma reação a ataques à democracia.
Reações Nacionais ao Caso
No Brasil, a intimação de Bolsonaro na UTI aprofundou a polarização política, refletida em debates na mídia e no X.
Visão dos Bolsonaristas
Apoiadores de Bolsonaro, como @RosaneBonoro e @pesquisas_elige, acusam Moraes de perseguição política e abuso de poder. Eles apontam a intimação na UTI como uma tentativa de humilhar o ex-presidente, especialmente após ele se tornar réu por tentativa de golpe. O próprio Bolsonaro, em post no X em 27 de março, criticou Moraes por usar a justiça como “arma política” para intimidar adversários.
Visão dos Críticos de Bolsonaro
Juristas e setores da esquerda, como o PT, defendem Moraes, argumentando que a intimação foi um passo necessário para garantir o andamento do processo. A @folha destacou que o STF agiu após a live de Bolsonaro, sugerindo que ele estava apto a ser notificado. Alguns, como @BrasilPost13, foram além, acusando Bolsonaro de simular a internação para evitar a intimação, uma alegação sem provas concretas.
Opinião Pública
Pesquisas recentes, como as do Instituto Elige, mostram que a polarização impede um consenso. Enquanto 45% dos brasileiros veem Moraes como um defensor da democracia, 38% o consideram autoritário, com o restante indeciso. A intimação na UTI tende a reforçar essas divisões, com bolsonaristas mobilizando atos como o de 6 de abril na Paulista em apoio ao ex-presidente.
Perspectivas Internacionais
O caso de Bolsonaro e as ações de Moraes atraíram atenção global, com análises em veículos como The Economist, The New Yorker, e Financial Times.
Críticas ao Poder de Moraes
- The Economist (16/04/2025): Descreveu Moraes como um “juiz superstar” que ilustra o excesso de poder judicial no Brasil. A revista criticou ordens contra bolsonaristas por mensagens privadas e a suspensão de contas no X, sugerindo que Moraes “se excedeu gravemente”.
- The New Yorker (07/04/2025): Apresentou Moraes como um combatente da extrema direita digital, mas destacou que suas medidas, como multas por uso de VPN, “forçaram os limites de sua autoridade”. A revista citou críticas de Elon Musk e Donald Trump, que chamaram Moraes de “ditador”.
- Financial Times (01/04/2025): Alertou que o julgamento de Bolsonaro, sob relatoria de Moraes, pode aumentar sua popularidade entre apoiadores, polarizando ainda mais o Brasil.

Apoio às Ações do STF
Alguns analistas internacionais reconhecem a necessidade de medidas contra a desinformação. A Reuters (28/03/2025) destacou que o STF arquivou investigações sem provas, como a fraude no cartão de vacina de Bolsonaro, sugerindo equilíbrio nas decisões de Moraes. A BBC News Brasil (27/03/2025) também notou que a rejeição de pedidos de prisão preventiva contra Bolsonaro reflete cautela judicial.
Impacto na Imagem do Brasil
A CNN Brasil (17/04/2025) relatou que a imprensa internacional questiona a credibilidade do STF devido às ações de Moraes, com a The Economist apontando que episódios como a intimação na UTI “mancham a imagem do Brasil”. Países como Estados Unidos e Argentina, segundo Bolsonaro, reconhecem motivações políticas nas decisões do STF, embora sem evidências oficiais de posicionamentos governamentais.
Comentários de Especialistas
Especialistas em direito constitucional e política oferecem visões divergentes sobre o caso:
- Dr. André Ramos Tavares, constitucionalista:
“A intimação na UTI é legal, mas questionável do ponto de vista ético. Moraes poderia ter aguardado a alta de Bolsonaro para evitar a percepção de perseguição. Suas ações, embora fundamentadas, alimentam a narrativa de autoritarismo.” - Dra. Vera Chemim, jurista:
“Moraes age dentro de suas atribuições para proteger a democracia. A live de Bolsonaro na UTI mostrou que ele estava ativo, justificando a intimação. Acusações de autoritarismo são exageradas e desconsideram o contexto de ameaças golpistas.” - Prof. Conrado Hübner Mendes, cientista político (USP):
“Moraes concentra poder excessivo, o que é problemático em uma democracia. A intimação na UTI, embora legal, reforça a imagem de um STF que age de forma personalista, prejudicando sua legitimidade.” - Jon Lee Anderson, jornalista da The New Yorker:
“Moraes enfrenta a extrema direita com coragem, mas suas táticas, como bloquear contas sem transparência, levantam preocupações sobre liberdade de expressão. O caso de Bolsonaro na UTI é um exemplo de como ele opera no limite.”
FAQs: Perguntas Frequentes Sobre a Intimação de Bolsonaro
1. Por que Bolsonaro foi intimado na UTI?
Ele foi notificado sobre a ação penal que investiga uma tentativa de golpe de Estado em 2022. A ordem veio de Alexandre de Moraes após Bolsonaro realizar uma live na UTI, indicando capacidade de ser intimado.
2. A intimação na UTI é legal?
Sim, a intimação seguiu o procedimento legal, mas críticos questionam sua adequação ética, dado o estado de saúde de Bolsonaro.
3. Moraes é autoritário?
Críticos, como a The Economist, apontam excesso de poder e medidas como censura no X. Defensores argumentam que ele protege a democracia contra ameaças golpistas. A questão divide opiniões.
4. Como o caso é visto internacionalmente?
Veículos como The New Yorker e Financial Times criticam a concentração de poder de Moraes, enquanto outros reconhecem a necessidade de combater a desinformação. A imagem do Brasil é afetada negativamente.
5. Bolsonaro pode ser preso?
Atualmente, ele é réu, mas não há prisão preventiva. Moraes rejeitou pedidos de prisão em abril, e o processo está na fase de instrução.
você pode consultar o site do STF para continuar informado sobre o caso (www.stf.jus.br)
Conclusão
A intimação de Jair Bolsonaro na UTI em 23 de abril de 2025 é um marco na polarização política brasileira. Enquanto Alexandre de Moraes defende suas ações como proteção à democracia, críticos, incluindo a imprensa internacional, questionam seu poder e métodos, apontando riscos de autoritarismo. Nacionalmente, o caso divide bolsonaristas e apoiadores do STF, com impactos na credibilidade das instituições. Acompanhar o desdobramento do processo será crucial para entender o futuro da democracia no Brasil.
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